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    domingo, 27 de novembro de 2016

    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho

    SIMPLESMENTE UMBANDA

    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – X parte






    Omulu- Nanã Buruquê é a transformação, a necessidade de compreensão do 
    carma, da regeneração e evolução. Representa o desconhecido e a morte, a 
    terra para a qual voltam todos os corpos, a terra que não guarda apenas os 
    componentes da vida, mas também o segredo do ciclo da vida, a transmutação.
    Omulu conhece a dor da transformação, o desapego e a libertação do ego, 
    para que haja compreensão do espírito imortal e livre, porque o espírito sopra 
    aonde quer. A morte, não só no aspecto físico, mas a morte de crenças e 
    valores arraigados que não servem mais e que acabam por enrijecer e estagnar 
    a caminhada por medo de mudar, de conhecer a si mesmo.



    Nanã recolhe o espírito no momento do desencarne, logo após o corte do cordão
     de prata feito por Omulu, e o encaminha ao plano espiritual de forma amorosa
     e com a paciência de quem conhece as dores da alma e o receio de encontrar 
    a si mesmo, respeitando a individualidade e o momento sagrado de cada um, 
    no seu rito de passagem à outra dimensão.
    Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo 4), Jesus disse a 
    Nicodemus: "Em verdade, em verdade, digo-te que ninguém pode ver o reino 
    de Deus se não nascer de novo". "O que é nascido da carne é carne, e o 
    que é nascido do Espírito é Espírito". "Não te admires que eu tenha te dito que
     o espírito sopra aonde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem 
    ele, e nem para aonde vai: o mesmo se dá com o homem que é nascido do 
    Espírito". Nessa passagem, o Mestre nos esclarece que o homem é 
    co-criador com Deus, gera o corpo carnal que vai abrigar o espírito que é de
     Deus, para que possa cumprir sua missão evolutiva na Terra. O corpo procede
     do corpo e o espírito independe deste.
    Já a "pluralidade das existências" e a "reencarnação" estão subentendidas 
    no trecho "o espírito sopra aonde quer". A reencarnação é uma forma de 
    fortalecer os laços de família, em que muitas criaturas se reúnem pela 
    afeição e semelhança das inclinações, para trabalhar juntas pelo mútuo 
    adiantamento. Mas, na maioria das vezes, a parentela carnal necessita 
    reajustar-se e voltar a amar, pois este é um elo frágil como a matéria e com
     o passar do tempo se extingue. Por isso, muitas pessoas se sentem 
    estranhas no lar onde habitam, pois ali estão para ajudar umas às outras 
    até que esses laços se rompam de forma natural. Isso ocorre porque 
    contraíram débitos em outras existências, e terão de pagar ceitil por ceitil, 
    trabalhando a compreensão, o reajuste e a aceitação das imperfeições 
    próprias e alheias.
    Conforme o grau evolutivo de cada espírito, há um lugar para viver entre uma
     encarnação e outra. Quanto mais evoluído o espírito, mais liberdade tem 
    em estado de ventura e amor. Quanto mais comprometido, mais 
    reencarnações, mais necessidade tem de superar as suas dificuldades e 
    dores. Porém, Deus em Sua infinita bondade e amor, não abandona os Seus 
    filhos e enviou-nos Seu anjo de amor, para nos ensinar sobre o reino dos 
    céus, que não é deste mundo, e em Seu momento de maior dor rogou a Deus
     por nós: "Pai, perdoai-vos porque eles não sabem o que fazem!".
    A umbanda, em seu trabalho de amor e caridade, leva a palavra de 
    conforto e esclarecimento aos que sofrem, e se espelha nesta parábola de 
    Jesus: "E o semeador saiu a semear...", não importando se o terreno ainda é 
    árido, se existem espinhos, se os pássaros comem as sementes, pois pode 
    ser que a semente caia em um solo fértil, no terreno daqueles que 
    sabem que precisam trabalhar dentro de si a compaixão, a humildade e o 
    amor pelo próximo. Os benfeitores espirituais vão estar sempre a disseminar
     o Evangelho de Jesus e a nos assistir e orientar, incansavelmente, em nossa 
    jornada terrena.
    Nossa profunda gratidão pela oportunidade que nos é dada de despertar a 
    consciência para o servir e o aprendizado do amor, que ainda é pequeno 
    em nós, porque para eles somos crianças espirituais em aprendizado.

    Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – 
    Editora do Conhecimento)




    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – lX parte







    "Iansã é o movimento, a necessidade de mudança, de deslocamento. 
    Representa a rapidez de raciocínio (o raio), a coragem, lealdade e 
    franqueza. Higieniza os pensamentos; atua nos campos santos, em 
    auxílio aos desencarnados, e no despertar da consciência. Está ligada à 
    orientação e à educação. Representa a luta contra as injustiças. Sua 
    propensão é trazer equilíbrio às ações humanas. Atua junto com Xangô na 
    Justiça, na aplicação da Lei Cósmica.
    Quando o Mestre Jesus referiu-Se aos que estavam dispostos a apedrejar
     uma mulher adúltera em praça pública, dizendo-lhes: "Aquele que estiver sem
     pecado, que atire a primeira pedra", todos foram saindo em silêncio e O 
    deixaram a sós com ela. Então, Ele a olhou bem no fundo de seus olhos e
     lhe disse: "Vá e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior!".
    Nesse momento, o Mestre manifestou novamente o "não julgar", a 
    reflexão, a oportunidade de recomeçar e a necessidade de mudar de 
    atitudes, para poder prosseguir na caminhada evolutiva.
    Em outra passagem do Evangelho, diz Jesus: "Não vim trazer a paz, mas a 
    divisão. Vim para lançar fogo à Terra; e o que é que desejo senão que ele se 
    acenda?". Essa é uma atuação clássica da energia de Iansã, simbolizada no 
    raio, como força da natureza. A idéia nova de Jesus encontrou resistência, 
    incompreensão; trouxe à luz as verdades divinas sobre o reino dos céus, 
    e incomodou a crença materialista de Sua época, que submetia o povo à
     violência e abusos das mais variadas ordens.
    Quando "imolaram o homem" no martírio da cruz, pensaram que haviam 
    resolvido a questão, mas a idéia de Jesus permanece até hoje, Seu chamado 
    continua sendo A Boa Nova, a conquista do espírito sobre a matéria, a 
    liberdade de ser, e não a escravidão do ter, a comunhão com o Criador, 
    irradiando amor incondicional sobre todas as criaturas e a natureza. Ela 
    nos instrui sobre as dificuldades dentro da própria família, as incompreensões 
    por estarmos reunidos na carne, mas com etapas evolutivas diferentes, não 
    partilhando da mesma crença.
    Iansã é o fogo, posto que a mediunidade é um fogo sagrado, um dom que nos 
    foi ofertado por Deus para corrigir nossas imperfeições e nos ensinar a a
    mar e a servir com humildade. É o fogo da Criação, a capacidade de 
    superar-se, porque as leis cósmicas não permitem estagnação por muito 
    tempo: exigem a nossa evolução, ou seja, o potencial divino que habita cada 
    ser necessita ser externado como chama viva, e não vibrar como brasa que 
    não é alimentada, ou fagulha que se apaga. Por isso, temos o 
    livre-arbítrio para escolher entre servir e amar, ou simplesmente ser uma
    criatura acomodada e ociosa. A escolha é inteiramente nossa, e a 
    responsabilidade também. A pressa de que o fogo se acenda é para que 
    haja a transformação do homem, para que cessem as guerras e as divisões 
    internas e externas, visto que a paz nasce dentro do coração do ser.
    E segue Jesus, no Sermão do Monte: " Bem-aventurados os pobres e os 
    aflitos...". "Bem aventurados os pacíficos e os simples de coração...". 
    "Bem aventurados os sedentos de justiça e misericórdia...". É o despertar do 
    homem de bem."

    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – 
    Editora do Conhecimento)




    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – Vlll parte







    “Oxum é o amor-doação, o equilíbrio emocional, a misericórdia e compaixão.
     Mãe das águas doces, Oxum possui uma força de penetração fora do comum
     na natureza humana: é a psicóloga nata. Corresponde à nossa 
    necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, complacência e reprodução 
    (não necessariamente reproduzir no sentido físico, mas no emocional que liga
     a mãe ao rebento vindouro). É a mãe que cuida do feto durante toda a 
    gestação, e entrega-o a Iemanjá, na hora do nascimento, para cumprir a sua
     missão na vida. O amor-doação de Oxum é aquele que faz a caridade ao 
    próximo, que agasalha, alimenta e reconforta.
    Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo 6), Jesus, o psicólogo 
    das almas, diz: "Vinde a mim todos vós, que estais cansados e aflitos, e vos 
    aliviarei, porque o meu fardo é leve e o meu jugo suave". Em Mateus: 25, 
    volta a dizer: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí o Reino que vos está 
    preparado desde o princípio, porque eu estava com fome, e me destes de 
    comer; estava com sede e me destes de beber; andava estranho e me 
    acolhestes; estava nu e me vestistes; estava doente, e me visitastes; estava 
    preso e me viestes ver". E ao ser abordado pelos justos: "Quando foi, 
    Senhor, que te vimos com fome, com sede, estranho, nu, doente ou preso, e te
     acudimos?",
    Jesus respondeu: "Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor de 
    meus irmãos, a mim é que o fizestes!".
    Portanto, o Cristo interno não despertará em nós, se não ajudarmos a 
    despertar externamente o Cristo no próximo. Essa é a grande Lei da 
    Polaridade Cósmica. São Francisco,
    Gandhi, Chico Xavier, e tantos outros, encontrando o Cristo nos outros, 
    encontraram-no em si próprios.
    Esta é a máxima da caridade: auxiliar e servir aos necessitados, porque só 
    assim estaremos realizando a caridade em nós mesmos. Conforme disse 
    São Francisco de Assis: "É dando que se recebe, é perdoando que se é 
    perdoado".
    Há mais felicidade em dar do que em receber. O beneficiado recebe o bem 
    que eu faço, mas o benfeitor se torna bom pelo bem que faz, e antes de 
    realizar qualquer bem no outro, ele o realiza em si mesmo. O amor se 
    manifesta por meio da caridade; sendo assim, o meu amor cresce com a minha
     caridade.
    São Francisco beijou as chagas fétidas de um leproso, escolheu o sofrido e
     ínfimo irmão de Jesus e, nesse momento, realizou em si o nascimento de 
    Cristo, rompendo a rigidez que o separava de sua verdadeira auto-realização.
     Ao romper com o ego humano, exultou o Eu Divino.”


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – 
    Editora do Conhecimento)



    Repercussão Vibratória






    “Nas lides com o plano astral, o medianeiro é muito exigido. O trabalho de 
    caridade, medianímico, aos irmãos do lado de cá, não se resume ao curto 
    período em que ficais no centro espírita. Como estamos numa dimensão 
    espaço-temporal diferente da vossa, se faz difícil exprimir em palavras que 
    permitam a plena compreensão no campo da forma e do tempo em que estais
     inseridos.
    Um irmão sofredor que teve um desencarne abrupto, acidentalmente, é 
    desperto através de um médium que exsuda os fluidos ectoplásmicos 
    curadores específicos para este fim. Isso decorre da aproximação e do 
    envolvimento áurico e fluídico. Sendo esse trabalho realizado em grupo, após
     o despertamento, que é como se fosse um choque, esse irmão se acopla 
    para psicofonar através de outro médium, tornando-se possível exteriorizar 
    seus sentimentos, pois a cena do desencarne ficou cristalizada no seu 
    campo mental como se fosse um filme com sensações, que não cessam 
    nunca, repetindo-se ininterruptamente. Nessa comunicação, o irmão se sente
     como se possuísse um corpo, não tendo ainda noção que desencarnou
     e que está utilizando uma organização anatomofisiológica emprestada, através
     da caridade, para se manifestar.
    Externados os seus sentimentos, desopilada a situação mental de 
    desequilíbrio, tendo servido o médium como verdadeiro desafogador desses 
    fluidos pesados, podemos nos "aproximar" desse irmão, que poderá nos
     ver. Então, mostramos-lhe os curativos, esclarecemos que seus órgãos não
     estão mais decepados e nem tão pouco sangrando e, por isso, as dores 
    foram aliviadas. Será possível repousar, agora, em local apropriado. 
    Quando houver permissão, poderá contar sua história, em oportunidade 
    vindoura, através da fala ou da escrita, e irá para uma estância de 
    refazimento, de acordo com seu merecimento e sua afinidade vibratória 
    energética.
    Muitas vezes, um dos médiuns que o atendeu adquire uma espécie de
     repercussão vibratória, o que é permitido para sua educação e 
    amadurecimento. E como é essa repercussão vibratória? As sensações e as
     percepções que estavam cristalizadas no campo mental e sensorial do 
    irmão sofredor em verdadeiro estado de dementação, aumentadas, 
    sobremaneira, pelo fato de não ter ele um corpo físico, imantam-se no
     perispírito do medianeiro, que serve como verdadeiro exaustor, aliviando o 
    irmão em tratamento. Só que essa imantação não repercute no físico 
    imediatamente. O médium fica com uma sensação de mal-estar, que vai 
    aumentando de intensidade, gradativamente, em decorrência de uma força
     centrípeta até repercutir no corpo físico e chegar-lhe à área consciencial.
    Em médiuns de maior sensibilidade perispiritual, é possível ver e sentir toda 
    a cena do desencarne do irmão socorrido durante o sono físico e o 
    espreendimento noturno, em geral até 48 horas depois do trabalho 
    mediúnico, através da clarividência. É como se o médium fosse o ator 
    principal de um filme, vivificando a experiência marcante do desencarne no
     lugar daquele irmão sofredor.
    Vede as nuanças e a complexidade do trabalho de caridade no exercício 
    dos dons mediúnicos! .É uma verdadeira missão. Nesse ínterim, com todo o 
    mal-estar em repercussão, nosso medianeiro tem que manter sua vida 
    normalmente: trabalhar, deslocar-se, assistir sua família, escutar os filhos e
    aqueles que o procuram, pois a mediunidade sempre está presente. Outras
     vezes há, em que ainda é solicitado para compor grupo de socorro e incursão
     no Astral inferior, durante o sono físico, em situações que exigem 
    desdobramentos noturnos. Por isso, a importância do equilíbrio e do 
    discernimento. O médium que não conhece a si mesmo é um estranho 
    lidando com essas variáveis, ocultas aos seus sentidos físicos e
     imperceptíveis no seu cotidiano. Em todas essas situações, lá estão nossos
     irmãos menos esclarecidos, em verdadeiros conluios, à espreita de uma 
    desatenção e de uma janela vibratória para influenciá-lo e prejudicá-lo, a fim 
    de que o médium desista do seu desiderato.
    A prece é refrigério que desce do Alto, preservando-o ileso nesses 
    momentos. Permitimos com muito amor essas experimentações, pois o 
    médium deve ter luz própria e brilhar no meio das trevas. Não deve, em 
    qualquer dificuldade, correr e apoiar-se nos mentores, como se eles fossem
     uma bengala eternamente disponível. As mesmas potencialidades que 
    temos no Astral dormitam em vós e, cada vez mais, galgareis os degraus da
     escada que leva à realização plena como espírito imortal que sois, e o 
    mediunismo nunca cessa em todos os planos, sendo aquisição meritória.
    Andai com vossas próprias pernas, em súplica, com fé e confiança, que cada 
    vez mais vos fortalecereis.
    Jesus, o maior médium que esteve entre vós, com toda a potencialidade 
    cósmica do Cristo, passou por todas as situações probatórias; no 
    mais das vezes, solitariamente, conforme a programática da sua missão 
    terrena. Teve a tentação dos magos negros, curou chagados, expulsou
     "demônios", foi humilhado, agredido, negado e, no momento culminante 
    de sua estada na Terra, assumiu para si toda a responsabilidade dos seus 
    atos, aliviando os apóstolos e seus seguidores perante o poder religioso
     e do Estado romano estabelecidos. Quando estava na cruz, no ápice de seu 
    desencarne, ainda falou: "Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que 
    fazem."

     Muita paz e muita luz!

    Ramatís

    (Origem: Do Livro “Chama Crística” Ramatís/Norberto Peixoto –
     Editora do Conhecimento)


    Física Cósmica Universal







    "A primeira e básica idéia da Filosofia Hermética é o axioma "aquilo que está 
    em cima é como o que está embaixo". Uma analogia ao macrocosmo, o
     "corpo" de Deus na infinitude universal, com seus meteoros, satélites, 


    astros, estrelas, constelações e galáxias em relação ao corpo humano, 

    com suas células, bactérias, resíduos metabólicos, órgãos e mente; o 
    mundo grande, que é o Cosmo, e o pequeno mundo, que é o homem, 
    correIa cio nados pela Lei de Correspondências Vibracionais. Nos escritos 
    daquele sábio, está expresso que o Cosmo é feito à imagem de Deus; logo, 
    o homem à imagem do Cosmo. Os sábios e os sacerdotes iniciados da 
    Atlântida já conheciam plenamente essas interações cósmicas.
    O conhecimento dos centros de força remonta a épocas milenares. Esses 
    vórtices energéticos, em número de sete principais, existentes como 
    centros de força no corpo astral, denominados chacras, isto é, "discos 
    giratórios", no corpo etérico, estão relacionados com o corpo físico 
    através do que chamais de plexos e situam-se exatamente em cima de 
    entrelaçamentos encadeados como redes de vasos, filetes de nervos e 
    gânglios do sistema nervoso autônomo, na altura da cabeça, testa, garganta, 
    coração, estômago, baço e genitália. Esses plexos nervosos lembram teias 
    de aranha quando vistos amplia dos. São autênticos transformadores de 
    energia vital, haurindo essas energias dos planos vibracionais mais elevados 
    e mais sutis e encaminhandoas
    para o corpo físico. Não retornaremos ao estudo dos chacras, 
    minuciosamente já enunciados em obras anteriores. Abordaremos a 
    relação desses vórtices energéticos do homem com os existentes em 
    vossa galáxia ou constelação; do macrocosmo, o "corpo" de Deus, com o 
    microcosmo, que é o corpo do homem.
    Para a harmonia no Cosmo, se faz necessário o intercâmbio energético 
    entre os sete campos ou planos vibratórios interpenetrados, previstos pela Lei 
    das Correspondências Vibracionais.
    Assim como, no homem, existem grandes vórtices energéticos no Espaço, 
    conhecidos em vossa física terrena por "buracos negros". Preferimos 
    chamá-los de "chacras cósmicos", numa comparação um pouco tosca, mas 
    procedente ao vosso entendimento. (Na verdade, é como se estivésseis 
    sentados numa carroça puxada por burricos, tentando compreender o 
    mecanismo hodierno de funcionamento de um avião muito veloz, que 
    passou por vós deixando-vos atordoados pelo estrondo da quebra da barreira 
    do som). Como há um princípio dualista no equilíbrio dos planos vibratórios 
    no Universo, do material com o imaterial, do plano denso com o plano 
    rarefeito e vice-versa, esses chacras cósmicos foram previstos pelos 
    engenheiros siderais, arcanjos co-criadores do Pai, como grandes 
    transformadores de energia, de dupla ação: por um lado, condensando as 
    energias mais sublimadas do Éter universal, adaptando-as ao campo de 
    energia em que vos encontrais - o Universo físico - e, por outro lado, 
    passando à matéria como conheceis ao Todo cósmico.
    um aparente colapso da matéria, ocasionado pela expansão da massa, que
     é fluido cósmico universal compactado, e retoma ao seu estado original de 
    energia livre do nosso lado da vida. Há uma transferência de energia entre 
    os planos vibracionais, que se encontram interpenetrados. É como se um 
    corpo material na vossa dimensão aumentasse a freqüência vibratória de 
    sua massa até sumir aos vossos olhos, desfazendo a energia compactada 
    que dá forma à matéria em vosso meio, havendo uma transmutação em 
    decorrência da adaptação do campo de energia ao plano vibracional da outra 
    dimensão, e vice-versa.
    Esse "colapso" também é decorrência da falsa ausência de campo 
    eletromagnético nessas zonas de trocas, quando submetidos ao exame de 
    vossas hodiernas aparelhagens e sondas espaciais. Esse intercâmbio
     energético entre os campos vibracionais do Cosmo ainda está muito além de 
    vossa atual capacidade de compreensão e não nos é permitido, por nossos
     Maiorais, adentrarmo-nos em detalhamentos mais aprofundados, 
    justamente, por falta de correspondência em vosso campo de conhecimento 
    atual. O equilíbrio vital de toda a vida, em todos os orbes, depende 
    desses grandes vórtices energéticos, chacras cósmicos do "corpo" de Deus.
    Todas as coisas são criadas pela vontade e comando da mente criadora 
    de Deus, e essa essência é a primeira substância a formar tudo no Universo,
     o que denominais hodiernamente de fluido cósmico universal. A Lei das 
    Correspondências Vibracionais, do semelhante afinado com o semelhante, 
    pode fazer desaparecer as manifestações doentias, ou seja, as moléstias. 
    São os semelhantes manipulados, com suas conseqüências 
    manifestando-se na dualidade dos contrários, em correspondência com a 
    Lei de Causa e Efeito. Este é o princípio da homeopatia, que nas suas
     dinamizações consegue eterizar a matéria primeira do semelhante, que
     é o agente causador do desequilíbrio, manipulando-a para a cura, a saúde, 
    em contrapartida à doença; pressuposto alquímico usado em benefício dos 
    seres criados pela mente criadora que está acima de tudo.
    A Lei de Causa e Efeito e a geração do carma nada mais são que o 
    semelhante curando o semelhante, confrontando-o com o seu saldo 
    credor ou devedor de vidas passadas. Os pensamentos, os atos praticados, 
    as ações volitivas na zona dos sentimentos, serão a mola propulsora. Na física 
    cósmica, essas ações, irremediavelmente, atrairão igual reação em sentido 
    contrário, trazendo ventura ou acarretando desgraças, na proporção dualística
     entre o bem e o mal que foram as causas e deles resultaram.
    Quando souberdes do nascimento de um rebento em estado teratológico e 
    da grande revolta da mãezinha contrariada, sede condescendentes com o 
    problema. Não julgueis precipitadamente, pois a Justiça Divina, no mais das 


    vezes, vos é incompreensível nesse suspiro reencarnatório, que é o espaço 

    de uma existência. Existe um determinismo regulador da harmonia cósmica 
    que vos catapulta à evolução, não sendo nem bom nem mau, nem 
    beneficiador e nem punitivo, nem positivo e nem negativo, pois é neutro.
     O vosso livre-arbítrio e a liberdade de pensamentos da mente, prerrogativa 
    cósmica dos filhos de Deus, os levarão para um lado ou outro. Devem 
    ser educados dentro das verdadeiras leis, harmônicas e altruísticas, que 
    determinam a ascese à plenitude espiritual.
    A correspondência atrativa do semelhante com semelhante, positivo com 
    positivo, negativo com negativo, permitindo abrigar uma série de fenômenos,
    espirituais, mentais e físicos, é designação das propriedades dos campos 
    vibracionais e característica da força magnética no Astral, que propicia todos 
    os fenômenos do magnetismo. É a força a vos conduzir pela mão firme das 
    afinidades, aos áridos desertos sem água e sem camelo ou às florestas 
    verdejantes de lagos cristalinos em castelos de segurança e paz. Por 
    isso, um dos ensinamentos da "Tábua de Esmeralda" dos alquimistas, 
    que apresenta a teoria alquímica e onde os escritos herméticos estão 
    grafados em termos de filosofia mística, diz: "Deveis separar a terra 
    do fogo e o sutil do rude ou grosseiro"; simbolicamente, o mais denso, material,
     do espiritual e mental.
    Para conseguirmos proceder com o efeito desejado na cura, no socorro, no 
    soerguimento das criaturas, utilizamo-nos do magnetismo, além da forma
     por vós conhecida tradicionalmente; de polarização das cargas positivas e
     negativas despolarizadas, desequilibradas. Utilizamo-nos desse recurso junto
     aos campos vibracionais para dissociação, no sentido de disjunção, de 
    desacoplamento, como técnica magnética que separa os corpos, mediadores 
    plásticos da vida do espírito na carne ou no Astral. .
    Essa técnica magnética separatória poder-se-ia denominar desdobramento 
    provocado, sendo-vos mais familiar esta nomenclatura. O desdobramento
     espontâneo é aquele que ocorre de maneira natural durante o sono físico do 
    encarnado. À semelhança de um estilingue finamente trabalhado pelo 
    marceneiro no evo dos tempos, quanto maior é a extensão da tira elástica 


    que arremessa a pedra ao alto, tanto maior o impulso que solta os corpos 

    mediadores. Quanto mais lapidados estiverem os instintos e os sentimentos 
    inferiores do ego, menor será a força que o mantém preso à imantação das
     cargas contrárias, positivas com negativas, comuns no invólucro carnal, que 
    é tanto mais intensa quanto mais próximo da crosta do orbe. Isso é oriundo 
    das leis físicas cósmicas, onde as cargas de mesmo sinal se atraem e de sinal
     diferente se repelem.
    Diante da força atrativa, que une um específico corpo a outro, agimos com 
    cargas contrárias, de sinal diferente, gerando a força repelente, separando os
     corpos visados, que antes estavam unidos magneticamente. Conforme
     o trabalho de caridade que estivermos participando e do local planejado, para
     o qual temos que nos deslocar, utilizamo-nos do corpo correspondente, 
    separado do equipo físico do instrumento mediúnico.
    Podemos estar em incursões nos charcos trevos os e cidades umbralinas, 
    abaixo da crosta planetária, em atividades de varredura energética, de 
    remoção e de recomposição dos irmãos com deformações perispirituais;
     nesses casos nos utilizamos principalmente do corpo etérico. Em outras 
    ocasiões, estaremos acompanhando grupo de estudos em paragens 
    onde o pensamento é perene, fazendo-se necessário o corpo mental. Nas
     atividades de transporte, de mudança de localidade astralina, acopla-se o
     corpo astral do medianeiro às entidades resgatadas. Mais adiante, 
    discorreremos detalhadamente sobre essas incursões astrais. Para melhor 
    compreensão e assimilação no âmbito geral, nessas singelas exposições, 
    não trataremos desta ação nos sete campos existentes. Doravante, nos 
    referiremos aos corpos físico, etérico, astral e mental.
    É tudo muito simples, não fazendo-se necessário adotar termos mais 
    complexos e pomposos, que, no fundo, escondem uma falsa aura de saber
     e especialização, tão habituais ainda no vosso meio acadêmico científico e 
    em alguns sábios terrenos; tão infreqüentes na sabedoria da Espiritualidade. 
    Com o avanço da experimentação científica no meio espiritualista e a 
    paulatina adesão do meio médico, essas técnicas, aliadas ao exercício 
    mediúnico e à fenomenologia, se predispõem à escrita e verborragia difíceis, dispensáveis, necessárias somente aos egos ainda eivados de vaidade e interesses mundanos, características 
    decorrentes de condicionamentos antigos, que estão no inconsciente, 
    caracterizando uma disputa divisionista, totalmente dispensável. 
    Esquecem-se de que essas técnicas indutivas sempre foram e serão utilizadas
     pelos espíritos benfeitores do orbe, desde épocas imemoriais, independente 
    de credos, religiões ou raças.
    roem o fino tecido que só é usado em ocasiões festivas, as larvas podem roer
     o canteiro mental escassamente cultivado. Novas explicações que fogem ao 
    instituído, levando-vos a uma compreensão mais dilatada, de acordo 
    com vossas capacidades de entendimento, "baixarão" da Espiritualidade, 
    tornando-vos mais livres, espiritualizados e místicos. A lição de a mente 
    não estar presa a conceitos empoeirados, principalmente na pesquisa da 
    psique humana e dos fenômenos psíquicos não aceitos pelos cientistas, é 
    muito necessária à ciência terrícola, tão deficitária de humildade em seus 
    pesquisadores. A perquirição humilde será a prima essência que moverá a
     pesquisa comprometida com as verdades ocultas.
    Atentem ao fato de que, assim como na época da codificação da doutrina
     espírita, começarão a jorrar, da fonte do Altíssimo, novos ensinamentos
     e conceitos que se completarão e se confirmarão, em diversas localidades de
     vosso orbe, comprovadamente verídicos e sem estarem relacionados 
    na sua formulação. Será como um guia epistemológico do Astral, a baixar nas
     lides científicas terrícolas. Caracterizar-se-á como um compilado crítico de 
    natureza e procedência vária, fundamentado na experimentação 
    fenomenológica de laboratório. Determinará as novas verdades das ciências 
    espirituais ao alcance do entendimento dos homens.
    Discorremos, habitualmente, utilizando-nos de alguns recursos de 
    linguagem figurada e de cunho mais simbólico, planejadas para alargar 
    vossas concepções, tão presas às formas que vos envolvem, que 
    embotam a capacidade de abstração, faculdade perceptiva ainda escassa 
    em vós, e para mostrar-vos que a ânsia de conhecimento é inerente à 
    existência do homem, embora com novos prismas, ao ritmo oscilatório 
    pendular do relógio da Eternidade.
    O Cristo-Jesus, psicólogo, cientista, físico, engenheiro e arquiteto sidéreo, a
     acompanhar a evolução planetária desde antes da existência do orbe, se 
    fazia entender quando da sua estada terrena, pela singeleza e simplicidade 
    das parábolas, acessíveis aos homens mais incultos e comuns. Explicava
    que "o seu reino não era desse mundo", ensinando quanto à natureza 
    espiritual que reside no homem, e não aos fatos transitórios concernentes à 
    matéria ilusória. Não adentrava em maiores conhecimentos ocultistas. A sua 
    oratória, que a todos magnetizava, como se fosse medicamento, levava a 
    medida certa do entendimento, fiel posologia divina. Fazia-se método 
    essencial à absorção dos assuntos mais transcendentes, diante da 
    muralha dos ouvintes ignorantes e rústicos, tão apegados às questiúnculas
     da vida cotidiana: comer, beber, dormir e locupletar-se nos prazeres do
     corpo. Naquele momento existencial da humanidade, deixou para o futuro o 
    descortinar dos mistérios ocultos."

    Muita paz e muita luz!

    (Origem: Do Livro “Chama Crística” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do 
    Conhecimento)



    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – Vll parte







    “Yemanjá é o respeito, o amor, o despertar da Grande Mãe em cada um, a 
    percepção de que somos co-criadores com o Pai, podendo gerar a "vida". 
    Jesus tinha o princípio do masculino e do feminino (animus e anima) em 
    Sua essência divina, em perfeito equilíbrio interno. Hoje, temos uma visão
     totalmente distorcida e masculinizada do princípio feminino. Deus na 
    realidade é: Deus- Pai-Mãe-Espírito. Temos dificuldade de penetrar na 
    essência do feminino, que é a emoção, a doçura, a compaixão. É a energia 
    que flui, a essência da doação, da harmonia, da vida em perfeito equilíbrio 
    com a natureza, que espera com paciência, em seu próprio ritmo.
    Na vibração do amor, tudo se harmoniza e permite que vejamos e aceitemos 
    as pessoas como elas realmente são. Amar é abrir o coração sem reservas, 
    desarmar-se, entregar-se e doar-se.
    As águas representam as nossas emoções...
    "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos, senão aqueles que 
    fazem a vontade do Pai?", disse Jesus demonstrando que Seu amor 
    ampliava-se à toda a humanidade, para nos ensinar que, rompendo com os
     grilhões do parentesco carnal, formamos uma única família universal.
    Yemanjá, em sua vibração divina, cria os seus filhos para a vida, para que 
    sejam cidadãos do mundo, respeitando a individualidade de cada um. Mãe 
    zelosa quer e visa unicamente ao bem de sua coletividade. É considerada 
    a Grande Mãe porque acolhe também os filhos adotivos, de outras mães. 
    Num terreiro de umbanda é a agregadora dos grupos, o sentido de união, o
    humanitarismo, a procriação no sentido de progresso e prosperidade.
    Vovó Maria Conga nos esclarece: "O amor compreendido e praticado é 
    como um pintor que reproduz obras que favoreçam a todos que são 
    abrangidos pelo seu raio visual, provocando o desenvolvimento de novos 
    valores internos, modificando os quadros mais íntimos de cada um, com 
    as novas tintas e pincéis das conquistas realizadas em favor do outro".
    Sendo assim, surge a caridade com si mesmo, que restaura no indivíduo a 
    sua dignidade psíquica, levando-o a superar o momento de dificuldade na
     conquista do alimento, da manutenção do lar, da educação e da saúde por
     meio do próprio esforço. É o "ensinar a pescar" que propicia o alimento 
    sempre.
    O mar é o nosso maior provedor de alimentos e de pulsação da vida - 
    -este é o sentido de prosperidade. No seu movimento de fluxo e refluxo das 
    marés, limpa, energiza, leva o negativo e transforma-o em positivo, 
    promovendo o equilíbrio. Jesus reunia-Se com Seus discípulos nos finais de 
    tarde, às margens do mar de Genesaré, para ensinar-lhes sobre o "reino dos 
    céus", e transformá-los em pescadores das almas. Em Seu diálogo com
     Maria de Magdala, no livro Boa Nova, psicografado por Chico Xavier, ela 
    diz: "Desgraçada de mim, Senhor, que não poderei ser mãe". Então, 
    atraindo-a brandamente para Si, o Mestre acrescentou: "E qual das mães 
    será maior aos olhos de Deus: a que se devotou somente aos filhos de sua 
    carne, ou a que se consagrou, pelo espírito, aos filhos das outras mães?".
    A palavra de Jesus lhe honrava o espírito, convidava-a a ser mãe de seus 
    irmãos em humanidade, aquinhoando-os com os bens supremos das mais 
    elevadas virtudes da vida. "Vai, Maria! Sacrifica-te e ama sempre! Longo é o
     caminho, difícil a jornada, estreita a porta, mas a fé remove os obstáculos. 
    Nada temas: é preciso crer somente!".
    E Maria de Magdala renunciou aos prazeres transitórios da carne e 
    dedicou-se integralmente a auxiliar os irmãos em sofrimento, aliviando-lhes 
    as feridas do coração, ficando até o fim de sua vida terrena junto aos aleijados 
    e leprosos.
    Maria de Nazaré, mãe de Jesus, foi o grande exemplo de fé e de entrega 
    absoluta à vontade do Pai. Ela amou tanto o seu filho único que jamais 
    O impediu de cumprir Sua missão; pelo contrário, O guiou com seu amor e 
    sofreu com Ele o martírio infamante da cruz. Em retribuição a esse amor,
     Jesus deixou a João, o Evangelista, Seu discípulo mais amoroso, a 
    incumbência de substituí-Lo nos cuidados com Maria.”


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – 
    -Editora do Conhecimento)


    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – Vl parte






    “Por outro lado, devemos observar que tipo de pensamento estamos 
    alimentando em nossa mente, e o que estamos atraindo. Vigiar no sentido 
    de prestar atenção a nós mesmos, pois buscamos auxílio espiritual na casa 
    de umbanda, mas o que fazemos com a orientação recebida?
    Continuamos o tratamento até o final, com passes, banhos, água fluidificada, 
    leituras esclarecedoras? Estamos dispostos a mudar nossa conduta? 
    Fazemos uma análise e higienizamos nossos pensamentos e sentimentos?
     Estamos dispostos a nos desapegar dos sentimentos de culpa, de nos
     colocarmos como vítimas das circunstâncias, de não participarmos ativamente 
    da nossa "própria" vida?
    Ninguém fará por nós o que nós mesmos temos de fazer, assumindo as 
    rédeas da situação e acionando o curador interno, pois a felicidade é um 
    estado de espírito.
    "A fé remove montanhas. Pois, em verdade vos digo, se tivésseis a fé do 
    tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí 
    para ali, e ela se transportaria, e nada vos seria impossível."
    Na realidade a fé é ativa; é inspiração divina que nos auxilia a chegar ao 
    fim desejado; é a confiança que fortifica e a certeza de vencer os obstáculos.
     A fé se prega pelo exemplo e precisa ser apoiada na razão, porque é 
    preciso amar e crer sabendo porque se ama e porque se crê. A fé caminha
    de mãos dadas com a esperança e com a caridade; está intimamente ligada
     ao poder da vontade, à crença interior de vencer as adversidades pela 
    paciência que traz a compreensão dos fatos.
    O Evangelho Segundo o Espiritismo nos diz (capítulo 9) que o magnetismo
    é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que 
    Jesus curava e produzia aqueles fenômenos singulares, qualificados outrora 
    de milagres. É a vontade dirigida para o bem.
    Tudo quanto a nossa mente poderosa acreditar e pedir com intensidade se 
    realizará, por isso Jesus disse: "Tudo quanto pedirdes em oração, crede que 
    recebereis".
    Ogum representa, portanto, o caminho que precisamos percorrer; aquele 
    caminho solitário para vencer os dragões internos que, na verdade, é o 
    espírito em busca de si mesmo; percorrer o caminho de volta à unicidade com 
    o Pai.
    Somente quando aprendermos a amar e compreendermos em nosso espírito 
    esse legado de amor, perdão, compaixão, não-julgamento, gratidão pela vida,
     respeito por nós e pelo próximo, quando usarmos o livre-arbítrio com 
    responsabilidade, não viveremos mais presos ao passado, nem tão
     pouco angustiados e ansiosos com o futuro, compreenderemos de forma 
    integral que o momento de servir é agora. Jesus participava, servia, ouvia, 
    compartilhava, instruía e amava a todos sem distinção.”


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – 
    ´-Editora do Conhecimento)



    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – V parte







    “Ogum é a vontade, os caminhos abertos, a energia propulsora 
    da conquista, o impulso da ação, da vontade, o poder da fé, a força 
    inicial para que haja a transformação. É o ponto de partida, aquele 
    que está à frente. É a vida em sua plenitude, a vitalidade ferrosa
     contida no sangue que corre nas veias, a manutenção da 
    vida, a generosidade e a docilidade, a franqueza, a elegância e a
     liderança.
    A energia oriunda da vibração de Ogum pode ser percebida 
    claramente nestas palavras de Jesus:
    · "A tua fé te curou" (com a imposição das mãos, Ele acionou o 
    poder da vontade de mudar de atitudes e pensamentos).
    · "Pedi e recebereis! Buscai e achareis! Porque todo aquele que
    pede, recebe", demonstrando que Deus nos dotou de inteligência e 
    capacidade para que superemos nossas dificuldades, 
    recomendando-nos o trabalho, a atividade e o esforço próprio.
    Precisamos aprender a pedir, pois costumamos exigir soluções 
    rápidas e eficazes para problemas de ordem material. Estamos
     sempre correndo contra o relógio e perdidos entre 
    compromissos assumidos, os quais muitas vezes extrapolam nossa 
    capacidade de cumprir. Esquecemos de cuidar de nossos sentimentos,
     de ir ao encontro do que nos realiza e nos dá satisfação interior, das 
    coisas simples da vida.
    Se acreditamos em reencarnação, então sabemos que tudo aqui é 
    transitório, que estamos na Terra para evoluir em espírito, para 
    superar a nós mesmos. O "pedir", colocado aqui, é no sentido de 
    "receber" da Providência Divina o ânimo, a coragem, as boas 
    ideias, a fim de que possamos crescer e adquirir a paciência 
    necessária para lidar com as nossas imperfeições e com as dos 
    outros.
    Cada problema contém em si próprio a solução. Tudo está certo 
    como está, pois tudo tem o seu tempo para mudar, crescer e 
    amadurecer. Aquilo que não nos cabe resolver "agora", confiemos
    em Deus, pois quando estivermos prontos para compreender, tudo 
    se resolverá. Devemos dar o melhor de nós, com ânimo, 
    entusiasmo e confiança, agradecendo a oportunidade da vida.
    "Orai e vigiai", pois a oração é o alimento do espírito; ela abre 
    as portas para a compreensão, é um bálsamo no momento das 
    dores. A oração abranda nosso coração, nos protege e nos
     fortalece. A vigilância é a resposta que vem para aquilo que 
    pedimos em oração. Ocorre que geralmente pedimos, e depois 
    não prestamos atenção na "resposta", porque somos imediatistas.
    Mas nem sempre a resposta que desejamos ouvir é a que chega 
    até nós, e sim a que necessitamos naquele determinado momento..."


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto 
    Peixoto – Editora do Conhecimento)


    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – lV parte









    "Oxossi é o aconselhamento; o poder da palavra em ação, o 
    caçador de almas, o amor pela natureza e pela Criação; a 
    necessidade de saúde espiritual e física; a renovação, a nutrição, a 
    prosperidade em todos os sentidos.
    A manifestação dessas virtudes são observadas nas seguintes 
    colocações:
    · "Bem-aventurados os aflitos, os mansos, os que são 
    misericordiosos,
     os que têm puro o coração...".
    · "Esteja no mundo, mas não seja do mundo", pois quando Jesus
     esteve no meio da dor, da miséria humana, do desespero, do 
    materialismo, da traição, da arrogância, não se deixou contaminar.

    · "A boca fala do que está cheio o coração".
    · "Onde está o vosso coração, aí está o vosso tesouro".
    · "Amai-vos e instruí-vos".
    · "Não são os sãos que precisam de médico".
    A chave do conhecimento tem de virar sabedoria. Pela boca entram 
    os alimentos e saem as palavras que, quando harmoniosas, nos 
    trazem equilíbrio e, por conseguinte, saúde.
    "Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará 
    de si mesmo". Devemos viver um dia de cada vez, o momento 
    presente, que é tudo o que necessitamos, pois é imprescindível 
    cumprirmos nossas tarefas diárias com harmonia e gratidão.
     A gratidão sincera abre as portas para a manifestação de tudo o 
    que se necessita: criatividade, talento, alimentação adequada, 
    moradia, progresso no trabalho, bons relacionamentos etc.
    O plano divino opera de forma a colocar em nossa vida as 
    pessoas, os lugares e os objetos que responderão às nossas 
    necessidades. A prosperidade e a abundância fazem parte da
     nossa existência: basta olhar a natureza à nossa volta, observar 
    o Cosmo e as estrelas. Devemos manter em nossos corações a 
    gratidão a Deus por nossas preces serem ouvidas e nossas 
    necessidades atendidas, pois Ele sabe o que precisamos, por isso dá
     "a cada um conforme as suas obras".
    É necessário saber pedir, colocar a intenção no que se quer e 
    ter confiança em si mesmo, na própria capacidade de realização. 
    Assim sendo, as idéias surgem para a solução dos problemas."


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto 
    Peixoto – Editora do Conhecimento)











    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – lll parte







    “Xangô é a sabedoria, o amor e o respeito à vida, em obediência 
    às leis de Deus; é o entendimento do encadeamento de nossas 
    ações e reações, que estabelecem uma relação de causa e 
    consequência, no sentido de ascensão espiritual; é o equilíbrio 
    cármico.
    No Evangelho, encontramos as vibrações de Xangô nas seguintes 
    máximas:

    · "Não julgueis para não serdes julgados".
    · "Com a mesma medida que medirdes será medido".
    · "Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado".
    · "Vá e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior".
    · "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória".
    · "Conhece a verdade e ela vos libertará" (a compreensão das leis 
    morais divinas liberta da roda do carma, das reencarnações 
    sucessivas).
    "Perdoai setenta vezes sete vezes".
    "Ide reconciliar-vos com vosso irmão antes de pordes a vossa 
    oferenda no altar".
    É tão fácil perceber a dificuldade alheia, decidir qual atitude o 
    outro deve tomar, resolver os problemas alheios, criticar e espalhar
     a maledicência... O ser humano não costuma olhar para si mesmo e
     avaliar a sua conduta diante da vida e do próximo. Acertar e errar 
    faz parte desta vida terrena, isto é, ter humildade para reconhecer 
    os erros, perseverança para continuar, e reconhecer o motivo 
    pelo qual cada um está num degrau evolutivo diferente. Não 
    podemos exigir aquilo que o outro não tem para nos oferecer, nem a 
    capacidade para compreender.
    Para cada ação, há uma reação, seja positiva ou não. Por isso, é 
    preciso ter flexibilidade diante da vida, ter misericórdia para com a 
    dor alheia, perdoar para se libertar, refletir sobre a capacidade de
     mudar, perceber qual a facilidade de aprender com a vida, estar
     em paz e equilíbrio com a Lei Divina para poder receber, por 
    meio do merecimento pelo esforço empreendido para melhorar, as
     bênçãos que deseja alcançar. Fazer o bem e desejar o bem.
    Devemos usar sempre a "verdade como proteção" e ser fiéis a 
    nós mesmos, ouvindo a voz do nosso coração. Mestre Jesus 
    sempre usou a verdade, e em Seus ensinamentos, iniciava Suas 
    frases assim: "Em verdade, em verdade vos digo...”.
    O perdão das ofensas liberta dos aprisionamentos do passado, das
     mágoas e dos ressentimentos, é o bálsamo que cura as 
    feridas da alma. Jesus nos pediu que perdoássemos 
    ilimitadamente, ou seja, sempre. E Suas últimas palavras 
    terrenas foram uma súplica a Deus pela humanidade: "Pai, 
    perdoai-vos porque eles não sabem o que fazem".
    Tanto tempo se passou e nós continuamos fazendo as mesmas 
    coisas, nessa roda viva de incompreensão, violência, desamor, 
    julgamentos e cobranças, vítimas que somos de nossas 
    inconsequências, apegados às próprias dores e cheios de medo da
     mudança, de recomeçar, reconstruir o caminho, de aceitar ser feliz.
    A felicidade terrena não é integral, mas é possível porque vem de
     dentro, do coração amoroso que faz o bem e que deseja ao 
    outro o que quer para si próprio. Amar, perdoar e servir foi o exemplo
     deixado por Jesus.”


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto 
    Peixoto – Editora do Conhecimento)




    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho – ll parte






    “Em todas as passagens do Evangelho de Jesus podemos identificar a 
    vibração dos orixás, conforme descrevemos a seguir:




    Oxalá é a fortaleza, a vibração do Cristo Cósmico na Terra, a 
    doação do amor incondicional, fraterno e perene, o profundo
     conhecedor da alma humana, o ser abençoado de luz que irradia 
    o equilíbrio perfeito entre o princípio do masculino e do feminino. 
    Seu olhar sereno e profundo, irradiando amor e compaixão, Lhe 
    permite penetrar o íntimo de cada um e não julgar, apenas amar e
    curar, não somente as enfermidades físicas, mas as da alma. Seus 
    braços permanecem abertos em nossa direção e Seu Evangelho nos 
    ensina estas máximas: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao 
    próximo como a si mesmo", pois não podemos amar a Deus, sem 
    antes nos amarmos e, por conseguinte, amarmos nossos 
    semelhantes. Se não existe amor dentro de nós, se não 
    aceitamos nossas virtudes e defeitos, não podemos amar nossos 
    semelhantes.
    "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão
     por Mim". Jesus nos mostra o caminho da simplicidade e do amor 
    fraterno, do desapego e do perdão. A confiança na Providência 
    Divina nos ajuda a difundir o Evangelho - caminho que leva a Deus,
     à verdade que liberta e que nos faz deixar de sofrer. Tudo o que 
    pode deixar de existir amanhã não é verdade para nós, pois o que 
    continua com a vida são os afetos, as alegrias, os sentimentos
     que carregamos em nosso interior. Devemos valorizar a nossa 
    vida, buscando a verdade interior, o caminho para a felicidade.
    "A minha paz vos dou, mas não como o mundo a dá". Todos 
    deixaremos o teatro da vida terrena para encontrar a paz 
    verdadeira na vida espiritual. A paz do mestre está nos valores 
    morais, na conduta da vida em harmonia com as leis de Deus,
     na paciência para com as nossas imperfeições - pois temos de 
    vencer a nós mesmos -, e no despertar da consciência na escalada 
    da evolução, que nunca cessa. Cada mudança interior para 
    melhor reflete-se na convivência com o próximo. Quem ama 
    sempre vai estar acompanhado, porque o amor encontra ressonância
     em outros corações. Amar é doar-se para a vida, em favor do bem.”


    (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto 
    Peixoto – Editora do Conhecimento)



    Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho - l parte






    "A umbanda vivencia O Evangelho de Jesus em sua essência através da 
    manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e
     protetores que recebem a irradiação dos orixás. Encontramos no terreiro
     da verdadeira umbanda entidades que trabalham com humildade, de 
    forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção
     de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio 
    espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas 
    ordens.
    A umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o 
    consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal,
     ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias 
    escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, 
    superando a si mesmo. Mas para transformar-se é preciso estar pronto
     para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas
     trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; 
    é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a 
    mudança do estado de consciência.
    Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, a doença em 
    saúde, a tristeza em alegria, o desamor em amor, as faltas em fartura, a 
    ingratidão e o ressentimento em perdão. É
    não revidar o mal, mas sempre praticar o bem. Dar sem esperar
     reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na
     "individualidade", no ser único, criado por Deus para amar. E este ser 
    único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de
     aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.
    Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros 
    excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à 
    margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de 
    evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre-arbítrio, o grau de consciência
    e o merecimento de cada um.
    A umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai 
    evangelizando pelo Brasil afora, levando as Suas máximas: "A água mais
     límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm 
    impurezas". "Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã 
    cuidará de si mesmo", pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que 
    não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e 
    espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de 
    bem que existe dentro de cada um de nós.
    Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos 
    encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao 
    olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os 
    circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se 
    aos pés do cordeiro do Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se 
    sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram
     intensamente sobre Jesus, no centro do Seu chacra coronário, o Cristo 
    Cósmico e todos os orixás. Foi preciso que o Messias fosse "iniciado" por
     um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o
     Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais 
    expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na umbanda. Aos que
     nos criticam, recomendamos que observem melhor os ensinamentos
     de Jesus, desprovidos de "igrejismo" e patrulhamentos evangélicos religiosos."


     (Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – 
    -Editora do Conhecimento)


    A magia na umbanda; as dimensões física, etérica, astral e a movimentação mediúnica de energias entre elas







    “Magia é movimentação de energia pela aplicação da vontade e da
     força mental de um agente encarnado ou desencarnado (ou 
    ambos, em união de interesses), com a finalidade de criar 
    campos de forças magnéticos específicos (atração, defesa, retenção,
     repulsão). Atraímos energias quando riscamos um ponto com 
    essa finalidade e, ao mesmo tempo, realizamos uma invocação.
    Quando tocamos uma sineta diante da tronqueira de exu (local onde
     é fixado vibratoriamente o guardião do templo, geralmente à 
    entrada e aos fundos do terreiro), nos defendemos pedindo 
    proteção e segurança. Da mesma forma, alguns atos magísticos 
    podem ter por objetivo a retenção de certas energias, como por 
    exemplo: ao acendermos uma vela para um determinado orixá no
     local vibrado dentro do terreiro para essa finalidade específica, ou 
    quando rogamos amor para Oxum ou prosperidade para Iemanjá.
    Temos de liberar o ato magístico da conotação de misticismo 
    fantástico, de mistério fenomênico, de algo sobrenatural. Toda 
    ação de magia se baseia em leis da natureza e delas não
     se consegue prescindir. Umbanda é essencialmente magística e 
    toda a sua magia tem por finalidade o bem do próximo.
     É importante deixar bem claro que todo ato de magia deve visar ao 
    bem dentro da máxima evangélica de que "devemos fazer ao nosso
     semelhante aquilo que desejamos a nós mesmos".
    A aplicação prática da magia se dá por meio de invocações, 
    evocações, esconjuros, consagrações, contagens, cânticos,
    mantras e outros recursos utilizados para facilitar a concentração 
    mental. Quanto mais unido for um grupo que objetiva praticar a 
    magia, mais coeso e
    força terá o ato magístico, embora um mago adestrado consiga
     interferir em campos de energia somente pela sua mente 
    disciplinada.
    Quando falamos em energia, tratando-se de magia, temos de 
    contemplar as dimensões vibratórias mais próximas que nos cercam,
     ou seja, a física, a etérica e a astral. O pensamento tem poder 
    criador e o que emitimos se movimenta nessas três 
    dimensões. A partir dessa realidade, nos conscientizamos de
     quão responsáveis somos pelo que pensamos. Detalhando 
    melhor: a dimensão física é formada de energia condensada 
    (matéria); a dimensão etérica tangencia e é contígua à física e 
    se sustenta pela constante emanação fluídica desta, fazendo parte 
    dela; e finalmente temos a dimensão astral, da qual a dimensão 
    material (em que nos encontramos encarnados) é conseqüência, 
    como se fôssemos um gigantesco mata-borrão. Salientamos que
     a verdadeira morada planetária é o mundo astral, onde passamos a 
    maior parte de nossa existência como desencarnados.
    Na umbanda, a movimentação de energias entre essas dimensões se
     dá pela via mediúnica, não bastando "apenas" ser um mago 
    sacerdote. São os guias do "lado de lá" quem conduzem todos os
     trabalhos e têm o alcance de justiça e outorga do Astral superior 
    para determinar a amplitude das tarefas realizadas. Por esse 
    motivo, ficamos bastante receosos com os muitos magos existentes 
    atualmente, e com a rapidez com que são formados. Somos de 
    opinião que está faltando mediunidade em muita magia praticada
     por aí. Preocupa-nos os cursos de formação coletiva, 
    regiamente pagos, para se obter insígnias sacerdotais de mago
     disto ou daquilo, com solenidades grandiosas de entrega de títulos
     e paramentos bonitos. Todo o cuidado é pouco quando tratamos
     com magia cerimonial caritativa de auxílio ao próximo, pois "aquele 
    que não tem patuá que não se
    meta com mandinga", diz-nos sempre a veneranda Vovó Maria 
    Conga, sabedora do efeito de retorno para todos nós quando
     interferimos em campos de energias de outras pessoas, sem 
    autorização para fazê-lo em conformidade com as leis cármicas.
    É preciso comentar que todo médium da umbanda é, em maior ou 
    menor proporção, um mago, mas nem todo mago é um médium, 
    pois a premissa para se ter uma função sacerdotal na umbanda 
    é a mediunidade, e não o contrário: dirigentes magos, sem 
    nenhuma mediunidade, na frente de um congá. Nada temos contra a
    ênfase mágica sacerdotal e iniciática de outros cultos, que até podem
     ser confundidos com a umbanda, em vários aspectos ritualísticos, 
    pelos olhos leigos da sociedade. Ocorre que não somos "meros" 
    repetidores de ritual, qual cenógrafos de teatro. Não sabemos 
    exatamente o que se está fazendo por aí, mas com certeza esse
     grande comércio de magia que está virando indústria não é 
    umbanda, aquela umbanda simples e de pujança mediúnica 
    instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. A ênfase iniciática e
     mágica, meramente pelo efeito ritual externo, vistoso, decorre da
     vaidade humana e é um reducionismo da nossa religião, da sua 
    humildade, simplicidade, e principalmente do mediunismo 
    com as suas entidades, verdadeiras mantenedoras da força e do 
    axé de nossos congás por este Brasil afora.”

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